05 de fevereiro de 2016

Contaram na semana: já é carnaval!

Links da semana

O calendário marca o feriado só na terça-feira, mas já é Carnaval, minha gente! =) Nas mais variadas cidades do país, bloquinhos, confetes, serpentinas e foliões tomam conta das ruas e deixam o mês de fevereiro absolutamente contagiante. Amo! ♥

Se você não gosta da folia, também dá para comemorar: rola um feriado inteirinho para descansar, ler, visitar os amigos, assistir a filmes e colocar as tão viciantes séries em dia.

Já é Carnaval para todo mundo!

1 – A Bruna Tavares (musa das makes e dessa internet belezística toda), do Pausa para Feminices,  separou 10 makes de Carnaval para você arrasar, arrasar e arrasar!

carnaval_brunatavares

2 – Que tal se fantasiar de Caveira Mexicana? A Lu Ferreira, do Chata de Galocha, fez um tutorial maravilhoso. (É de 2014, mas tá super valendo porque carnavalizar é atemporal! hahaha)

carnaval_caveiramexicana

3 – Beba água! A Fê La Salye, do Pigmento F, fez um vídeo contando 11 problemas que eliminou em um mês com o simples hábito de tomar água. Comece agora você também!

4- Gosta de Vodka? A Sabrina Olivetti, do Coisas de Diva, reuniu 11 receitas fáceis e gostosas para você experimentar já!

receitas com vodka

5 – Se for passar o Carnaval em casa, siga o conselho da Aline Nicoleli para o Entenda os Homens e assista a 7 curtas da Pixar para se encantar pelo mundo das emoções. Lindos demais! (Se for viajar, salve o link para ver quando voltar!)

o jogo de geri

6 – Se você é do Bloco do Netflix, o Ricardo Coiro escreveu um texto lá no Casal sem vergonha especialmente para você.

carnaval netflix

Desejo a cada um de vocês um Carnaval repleto de paz e alegrias! No bloquinho, atrás do trio, no Sambódromo ou em casa, divirtam-se!

Beijo,

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
03 de fevereiro de 2016

Nenhuma dúvida dói mais que a própria dúvida

Crônicas

Sempre tive necessidade de verbalizar sentimentos. Dores, amores, alegrias, raivas, indignações, saudade, ojeriza, decepções… Basta que eles cheguem para que eu os coloque para fora senão, acredite, morro por asfixia!

Tudo bem, estou exagerando, mas preciso respirar bem fundo – e beber vários copos d’água – quando não posso falar ou escrever o que sinto. Já tentei até terapia, mas o máximo que consigo é retardar o tempo para o óbvio: eu vou falar! Com mais calma, mais paciência e mais análises sobre o assunto, mas vou falar.

A primeira vez da qual me lembro explodir de sentimentos foi aos doze anos, quando escrevi a minha primeira declaração de amor. Uma página, frente e verso, todinha de pura emoção. Sério! Tão significativa que, alguns anos atrás, fui pedir a carta ao garoto para que eu pudesse fazer uma cópia. Não me julguem, eu só queria mostrar para os meus netos… ♥

dúvida - crônica

O resultado, claro, não foi muito positivo, mas a sensação do alívio me mostrou que nenhuma dúvida dói mais que a própria dúvida.

Sinceramente, depois dessa experiência “boba” e adolescente, nunca soube deixar um sentimento me consumir. Conheço gente que passa dias pensando se diz ou não diz; quando e como diz; buscando no dicionário as palavras mais polidas para dizer o que pensa há meses e não tem coragem de colocar para fora. O emprego que não traz felicidade, a profissão que não motiva, o namoro que não preenche mais o coração, o amigo sempre conveniente, o parente que em nada participa da sua vida, mas sempre faz questão de opinar sobre ela …

Preferem ficar na dúvida, no campo das ideias, nas incertezas e na segurança do que já lhe é confortável e nunca saem do lugar. Permanecem caladas, sufocadas com suas próprias inquietações. Nem sei se o termo existe, mas considero tudo isso um suicídio psicológico. Definitivamente, não consigo.

Em contrapartida, sou consciente de que as consequências das nossas opiniões são diretamente proporcionais ao impulso com o qual as emitimos. É a lei da ação e reação vivinha da Silva, mesmo que tenhamos fechado os livros de Física há anos. Não tem jeito.

Óbvio que também não saio por aí falando tudo o que penso. Calma aí. Ainda sou regida por convenções sociais que me fazem parar – mesmo que por cinco segundos – para refletir sobre a propagação da minha verbalização.

É importantíssimo não intencionar machucar o outro, mas é primordial não machucar a si mesmo.

Em casos de dúvidas, máscaras de oxigênio jamais cairão Para descobrir, será preciso verbalizar, seja lá de que forma for. E se o medo for de dor, uma hora ela passa.

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
01 de fevereiro de 2016

Projeto 52 objetos | aquele de nº 5

52 objetos, Cotidiano

projeto 52 objetos - gravador

O quê: Gravador de voz analógico
Por quê: Minha primeira aquisição jornalística
Onde está: Na mesinha do meu computador
De onde veio: Comprado numa loja de áudio e som

O quinto objeto do meu Projeto 52 objetos é minha aquisição profissional mais valiosa. Digo valiosa não no sentindo financeiro, mas sentimental, já que foi a primeira coisa “de jornalista” que comprei quando ainda estava na universidade: um gravador de voz analógico (o famoso – e velhinho –  gravador de fita).

Muita gente associa jornalista ao conjunto bloquinho+caneta, né?! Na minha cabeça, isso era o básico e, como nunca fui obrigada a ser básica (risos eternos), achei que o gravador de voz fosse a porta de entrada para exercer meu papel social e – quanta inocência – conseguir mudar o mundo.

Na verdade, a única coisa que consegui mudar foi minha conta bancária. Com uma bolsa de estágio de R$ 320 (2004), tive que guardar dinheiro por três meses para investir R$ 270 num gravador que, acreditem, só usei umas seis vezes! =p

Só quem é jornalista vai me entender! <3 A gente ama apertar o botão vermelho, gravar as entrevistas, ouvir e analisar palavra por palavra do entrevistado, mas decupar a fitinha é quase uma inquisição! E chega uma hora em que você precisa escolher: ou passa a manhã decupando uma entrevista de dez minutos ou aprende a extrair as falas mais importantes do entrevistado ali mesmo, no conjunto básico bloquinho+caneta. :)

Porém, numa entrevista minuciosa, um gravador vale ouro. Das vezes em que utilizei o meu, por exemplo, lembro-me de uma em particular: a análise de discurso que uma professora fez sobre Dom Casmurro, de Machado de Assis. Capitu teria ou não traído Bentinho?

Pesquisadores do mundo inteiro tentam responder a essa pergunta e eu, claro, não poderia ter cumprido melhor o meu papel de jornalista gravando uma análise tão profunda.

No mundo inteiro, gravadores de jornalistas guardam vozes embargadas, eufóricas, compassadas, rápidas, marcadas pelo regionalismo, pelo nível de escolaridade, pela ideologia, pela revolta, pelos sonhos. Gravadores guardam histórias.

Talvez por isso eu seja tão apegada ao meu. Não empresto, não dou, não vendo, não negocio e, sendo bem honesta, ele só estaria na “caixa do projeto52 objetos” porque ela é imaginária e seria aberta daqui a muuuuitos e muitos anos, quando eu já não estivesse aqui para dizer “Não!Meu gravador nãããão!” kkkkkkkkkk

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira