29 de março de 2016

O Jogo de Geri: um curta para voltar à infância

Cotidiano

Atire a primeira pedra quem nunca pegou um jogo de tabuleiro e, por não ter com quem brincar, criou inúmeros personagens para se divertir diante de uma disputa árdua consigo mesmo e de um contagiante “ganheeeeeeei!”

Como sou a mais velha de quatro irmãos, fiz isso váááárias vezes na infância e, em nenhuma delas, lembro-me de ter me sentido só.

Aliás, foi ao assistir a O Jogo de Geri (Geri’s game) que me dei conta de que não há sentença dolorosa para aqueles que brincam sozinhos, sobretudo filhos únicos, irmãos mais velhos e pessoas idosas. Até porque, ao brincar consigo mesma, a pessoa está lidando com as várias outras pessoinhas que existem dentro dela. ♥

O Jogo de Geri - Pixar

O curta da Pixar, lançado em 1997, foi bônus do filme Vida de Inseto (melhor animação de cunho sociopolítico que existe!) e conta a história de Geri, um velhinho que passa a tarde no parque jogando xadrez contra ele mesmo.

De um lado, o jogo de Geri é “do bem”; do outro, é “do mal”. Literalmente! hahaha Quem nunca, minha gente?

O Jogo de Geri - Pixar

Não sei se são os cortes muito rápidos e a musiquinha, mas é incrível como chegamos a acreditar que O Jogo de Geri é um jogo jogado (hahaha) por duas pessoas diferentes mesmo!

Mas não seria esse o objetivo de quando estamos brincando sozinhos? :)

São quatro minutinhos de uma volta memorável à infância e de uma mensagem muito bonita. Dê o play para assistir! :)

Ah, se você for fã do Toy Story como eu, vai lembrar que o Geri aparece no segundo filme, como o restaurador de brinquedos. ♥

O Jogo de Geri

Gostou de O Jogo de Geri? Comente aqui embaixo e, se tiver alguma sugestão de outro curta super legal, deixe nos comentários também. Eu amo assistir a animações e vou adorar receber as dicas por aqui, tá?! 😊

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
28 de março de 2016

Projeto 52 objetos | aquele de nº 12

52 objetos

Projeto 52 objetos - cofre cabine telefônica Londres

O quê: Cofre da cabine telefônica de Londres
Por quê: Porque me traz lembranças de uma viagem inesquecível
Onde está: É um cofre, né?! Não posso falar… ;)
De onde veio: Comprei numa lojinha do centro de Londres ♥

Esse objeto foi comprado num dos dias mais divertidos da minha vida!e, sem dúvidas, merece estar no meu Projeto 52 objetos.

Era outubro de 2014, último dos quatro dias de viagem na Terra da Rainha. Como nosso voo era à tarde, minha amiga (oi, Narla!) e eu decidimos usar a manhã para algumas comprinhas na cidade, incluindo as famosas lembrancinhas.

Entramos numa loja super cheia de souvenirs e fomos escolhendo nossas coisas (chaveiros, porta-copos, canecas, ímãs de geladeira e váááários outros objetos, ou melhor, bugigangas! hahaah).

De repente, não mais que de repente, minha amiga some e, ao procurá-la pela loja, dou de cara com um árabe todo lindo dizendo que queria levá-la embora sabe-se lá para onde!

Eu, cheia de cestinha com mil e uma coisas; ela, igualmente cheia de cestinhas com mil e uma coisas, mas toda nervosa e com um gringo louco apaixonado à primeira vista. Sem entender patavinas, precisávamos sair logo dali, mas eu queria a minha cabine telefônica. Não iria sair sem a minha cabine telefônica de Londres nem a pau! E não tinha gringo-árabe-louco-apaixonado que fosse me impedir! kkkk

O dono da loja me mostrava várias cabines e nenhuma delas me agradava. Pareciam objetos fáceis de quebrar, sabe? Queria sair daquela situação cômica o quanto antes (porque a gente não parava d rir do árabe) mas também não queria comprar uma cabine telefônica de Londres requequé…

Foi então que o dono da loja me mostrou esse cofre lindo e fechamos as nossas compras! Às gargalhadas e algumas incompreensões linguísticas, mas com uma história jamais esquecida! <3

Sempre achei as cabines telefônicas de Londres um charme. Talvez as cenas dos filmes tenham contribuído para essa minha visão romântica da coisa (afinal de contas, é só uma cabine, né?), mas o fato é que cansei de me imaginar na cidade, tendo esse objeto como cenário de fotos lindas, maravilhosas e chiquérrimas! Seria praticamente impossível não voltar para casa com uma delas, né? :)

Com a Libra pela hora da morte, nem enchendo o cofre mil vezes daria para voltar a Londres agora, mas olho para esse objeto com a lembrança de um dia suuuper engraçado e com a certeza de que retornarei àquele lugar encantador em breve. Vontade não me falta!

Sem dúvidas, esse é um dos 52 objetos que quero reunir na minha caixa imaginária.

P.S: À minha querida amiga Narla, com carinho! ♥

P.S.2: Esse post saiu numa segunda-feira, mas meu Projeto 52 objetos é publicado, originalmente, aos domingos, tá?! Então reserve esse diazinho da semana para vir aqui dar uma espiadinha e, claro, contar sobre um objeto querido seu também! :)

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
21 de março de 2016

Eu não morro de amores por chocolate e tudo bem

Crônicas

Eu nasci em pleno domingo de Páscoa e, por alguma ironia do destino, nunca morri de amores por chocolate. Sim, eu sou uma mulher que não faz auê por chocolates.

Antes de comentar “Não acredito!”, “Você não deve ser normal!”, “As pesquisas mostram que (insira aqui qualquer benefício proporcionado pelo chocolate) ou “Isso é porque você ainda não experimentou  (insira aqui os nomes belgas e suíços mais salivantes que conhece), acredite: sou normalíssima, confio nas pesquisas – embora muitas não funcionem comigo – e já experimentei chocolates belgas e suíços de primeiríssima.

chocolate-cronica-deixemecontar

Imagem: Pinterest

Não adianta, não sou fã. Chocolate não me deixa feliz nem acelera o meu coração (prevejo cientistas querendo me estudar em 3…2…1). Aliás, a única coisa que ele acelera é meu estômago. Embrulha tudo e eu vou evitar descrições mais íntimas para não embrulhar o seu também, viu?!

Mesmo assim, experimento um ou dois a cada, sei lá, mês. E, para esse feito, é preciso insistir muito, fazer propaganda, dizer que é o melhor chocolate desse maravilhoso mundo de Oz e, claro, falar mostrar que é, no mínimo, meio amargo. Se disser que é docinho, fia, serei obrigada a recusar com aquela justificativa íntima do estômago…

Mas, como disse, eu como. Os meio amargos, amargos e super amargos. Algumas raras vezes, ao leite. Todos eles a mordidas largas. Às vezes, tão largas que o próprio chocolate desiste e passa da validade. É, já aconteceu…

Foi com o ovo de Páscoa Serenata de Amor tamanho 25 que ganhei do meu primeiro namorado. Quase um quilo de chocolate. Sem a serenata, mas com a proposta clara de uma glicose no topo do Monte Everest. Quase u-m-q-u-i-l-o-d-e-c-h-o-c-o-l-a-t-e. Romântico, eu sei, mas muito, muito doce!

Sorvete de chocolate? Não desce na garganta. Caixas de bombom? Sempre derretem. Biscoito recheado? Tiro o chocolate e como… o biscoito! Torta? “Um pedaço bem fininho, por favor!” Barras? Perdi as contas de quantas vezes já as esqueci na geladeira e, quando me deu aquela vontadezinha de tirar um pedacinho, os “donos” já haviam comido. Há séculos.

Mesas de doces de festas e casamentos? Acho todas lindas e maravilhosas! Mas só experimento se algum amigo garantir o “Não é de chocolate, pode provar!” ou “É de chocolate, mas não é enjoativo” (porque amigo que é amigo sabe das nossas intimidades, dos nossos embrulhos no estômago…).

E, por falar em amigo, sei que muitos me contestarão aqui com o argumento do brigadeiro (que, segundo eles, sei fazer o melhor do mundo!). Sou sim, apaixonadinha por brigadeiro, como de colher e tudo o mais, mas é aquela coisa: um já me satisfaz a alma. Passou disso, satisfação passa a não fazer parte do contexto.

Pronto, eis a única uma coisa da qual sou verdadeiramente desapegada nesta vida: chocolate. E como tenho isso muito bem resolvido em mim, não vou precisar levar o caso para a terapia.

Tudo bem, sou desapegada, mas raras vezes também sou abduzida pelo espírito do meio amargo, do brownie com queijo, do creme de avelã, das nozes e do licorzinho de cereja. Ah, claro, e do chocolate quente! ♥ Mas daquele jeito: um ou dois, sei lá, por mês.

E o mês, esse ano, pode ser março. Vai que há pesquisas…

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira