15 de junho de 2023

Li e recomendo: Um dia, um cão – Gabrielle Vincent

livros

Não sei bem se posso dizer que li um livro inteiramente desenhado – e não escrito – a grafite , mas “Um dia, um cão” me trouxe a consciência de que precisava no momento em que mais precisava: nem tudo se diz com palavras.

Quando Gabrielle Vincent desenha um dia de um cão abandonado na estrada, ela nos coloca num cenário bastante incomum nos dias atuais, observar com calma tudo o que está ao nosso redor e entender que cada um tem um lugar único no mundo.

Qual seria o lugar de um cão? Para alguns, dentro de casa; para outros, um quintal ou até mesmo a rua. Mas e se perguntássemos a ele, que não se expressa nem se comunica através das palavras, que lugar seria esse?

Até me deparar com esse livro, eu poderia jurar que o lugar favorito da Zoé era o mar. E, por isso, tantas vezes acordei ainda na madrugada para levá-la à praia e ver o sol nasscendo, na esperança de que aquilo era a verdadeira felicidade para ela. Não que não seja, claro, porque ela aaaaama estar no mar, correr na areia, pular ondas e me olhar num silêncio que me dizia tudo e me diz sempre: sou feliz!

Em mares de grafite que viram ruas, que viram céus que viram chuvas que viram aves e que viram o que o seu coração consegue alcançar, “Um dia, um cão” é um caminho sem volta para se permitir olhar para dentro e para as relações, sejam elas humanas ou multiespécies. Com calma, atenção e empatia. <3

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
01 de janeiro de 2023

Quase três anos depois…

blog deixe-me contar

Quase três anos sem escrever por aqui, um hiato que nunca imaginei que pudesse acontecer, mas que se mostrou real antes mesmo de o mundo todo parar lá em 2020.

“Lá em 2020”. Nossa, quanto tempo, né?! Fui reler os últimos posts para me lembrar desse passado que parece muito mais distante do que realmente é, e me vi saudosa dessa leveza que é escrever “como se fosse um diário”. Mas não é?

O ano de 2023 começar num domingo meio que me encorajou a voltar. Serão 52 exatas semanas em que vou poder registrar o meu último ano na casa dos 30. Não sei explicar, mas queria ter isso guardado comigo e compartilhado com mais pessoas.

Quase três anos sem escrever por aqui. Eu estou bem. Virei o ano no mesmo apartamento em que moro desde 2016. Comprei uns docinhos, salgadinhos, água de coco e refrigerante. Não teve Chandon baby desta vez, esqueci completamente e, quando fui tentar comprar, não consegui encontrar em canto algum. Escrevendo este texto, lembrei que não toquei no refrigerante, só na água de coco. Achei simbólico…

Continuo morando sozinha no mesmo apartamento, assistindo a todas comédias românticas e dramas que me fazem acreditar no amor e chorar. Ainda durmo no sofá quando estou triste e faço pipoca para comemorar qualquer coisa feliz! Tenho cumprido as metas de ir mais à praia, ler mais livros, encontrar os amigos e me afastar de tudo o que me faz mal (pessoas, coisas e conteúdos). Tenho ouvido música todos os dias e, inacreditavelmente, meditado com a mesma frequência também.

Quase três anos…Virei uma expert na cozinha e, agora, sei fazer desde saladas com molhos deliciosos a pernil para a Ceia de Natal – que fiz perfeitamente uma única vez para nunca mais, de tão exaustivo.

Preciso refazer toda a minha necessárie de maquiagem. Por não usá-las durante os últimos anos, elas acabaram vencendo e não tive ânimo para acompanhar os lançamentos, as novidades, as novas tecnologias… Estou me sentindo perdida no caminho por onde sempre soube caminhar, mas já já eu pego o ritmo outra vez, até porque conferi aqui e vi que ainda sei fazer delineado gatinho com olhos fechados. O resto é fichinha =)

Acabei me tornando a pessoa que mais temia: a que compra quase tudo online e morre de preguiça de ir ao shopping. Mas também me tornei algo grandioso que nunca temi: ser a melhor humana que pudesse ser para um cão.

Ser a humãe da Zoé tem sido, sem dúvidas, a maior oportunidade que ganhei na vida de me reconectar, de me reconhecer e de me reencontrar, como eu tanto desejei no último post, quase três anos atrás.

Que seja um ano de boas memórias, de bons registros, de boas escolhas e de bons frutos, para todos nós!

Tô muito feliz e de volta ❤️

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
10 de janeiro de 2020

Contaram na semana: sobre a necessidade de se reconectar

Links da semana

É engraçado como alguns termos usados pós-internet tendem a soar estranhos em seus conceitos primários. “Reconectar”, por exemplo, impõe ao nosso cérebro a informação de que nos desconectamos – da internet – e precisamos fazer uma nova conexão. Eu mesma, quando digitei o título do post, também fui ligeiramente persuadida hahaha.

Reconectar, no entanto, pode ser interpretado como “reconhecer-se”, “reencontra-se”, sinônimos contextuais que se encaixam perfeitamente nesse início de ano, né?

Por isso, separei alguns dos links que me fizeram parar e me reconectar durante a semana:

1 – Fale com estranhos um texto leve, emocionante e lindo da Débora Zanelato para a revista Vida Simples

2 – A Thais Godinho, do Vida Organizada, escreveu um post maravilhoso sobre como ter foco em um mundo de distrações. Mesmo sendo muuuito focada, também dou minhas cambaleadas de vez em quando e esse teto me fez refletir bastante sobre disponibilidade e prioridade.

3 – Quantas vidas a gente consegue ter em uma vida? Neste episódio do podcast “É nóia minha?“, produzido pela Camila Fremder (@cafremder), você vai ver que nem sempre a carreira brilhante é a carreira dos sonhos e dá, sim, pra mudar tudo quando menos se espera.

Com a participação da Ana Cláudia Michels, que largou a vida de top model pela de cursinho pré-vestibular para cursar medicina.

4 – Mas, afinal, o que é honestidade? Uma explicação didática e realista da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa e Silva.

5 – Não é para 2018, é para a vida: uma crônica que escrevi lá atrás, mas que faço questão de reler para me reconectar com que eu sou <3

metas 2020- deixemecontar

Um fim de semana maravilhoso a cada um de vocês!

Beijo! :)

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira