Quando o nosso coração bate forte ao ouvirmos uma música, namoramos a letra ou a melodia. Quando suspiramos ao fim de um livro, namoramos a história, a mensagem, as palavras. Quando choramos no meio de um filme, namoramos os sentimentos, a verossimilhança, a arte.

Namoramos diariamente tudo o que nos permite o reconhecimento daquilo que somos, de verdade. Namoramos o que nos desperta alegria, o que nos aconchega, o que nos dá uma vontade enorme de seguir em frente, o que nos prende o coração e, ao mesmo tempo, o que nos dá liberdade.

Namoramos quando olhamos com doçura, ouvimos com atenção, falamos com cuidado e sentimos falta daquilo que nem sabíamos que existia. Namoramos quando algo se faz absolutamente necessário para alegrar as nossas vidas.

Namoramos o tempo, a saudade, os aprendizados. Namoramos os ganhos e namoramos também as perdas. Por que não?

Namoramos todos, diariamente, porque o melhor status de relacionamento é aquele que nos provoca a leveza de de um amor próprio compartilhado!

Não adianta querer desvendar, a gente nunca vai saber os porquês do amor. Você namorava aquele menino íntegro, inteligente, carinhoso e apaixonado, mas um belo dia acordou e sentiu que não dava mais para ser. Por quê?

Ela tem todas as qualidades que você espera de uma mulher, todas! Tem aquele cheiro que te acolhe, aquele sorriso que te faz ver o mundo muito mais feliz, a euforia de quem quer descobrir o mundo e a certeza do que quer, mas seus batimentos não têm o mesmo ritmo.Meu Deus,  por quê?

Por que a gente ama aquele amigo chato, aquela cidade que todo mundo detesta, aquela roupa pré-histórica, aquele cachorro que late insuportavelmente a cada mínimo barulho na rua? Definitivamente, não sabemos os porquês do amor.

Se ele vai acelerar em Paris ou numa cidadezinha bem distante, num olhar de ternura ou numa noite ardente de sexo, numa chegada ou numa partida… nunca se sabe. Não há explicação. Não pode haver condenação.

O amor, quando é verdadeiro, é colorido. Grita, levanta bandeira, sacode poeira, ganha ritmo. Vive. Vive a diferença porque ninguém ama aquilo que o outro tem de igual. Ama-se o diferente, o que instiga, o que comove, o que te traz algo de novo. E o novo também pode ser o mesmo. O mesmo sexo. Porque amor não tem explicação.

Amor não é uma questão de número, de grau ou de gênero. Amor foge à regra e é sempre exceção, em tudo!

Ontem foi o Dia Mundial Contra a Homofobia, mas o combate deve ser diário. Um combate às explicações do amor.

Pouco importam a idade, o sexo, a religião ou o país. A gente se apaixona, faz mil planos, vive intensamente e, de repente, não mais que de repente, chega o fim…

Fim que adoece o coração, que transborda lágrimas e que faz todo mundo querer morrer de amor. Mas, de amor, sinto muito, não se morre. Até porque o coração é esperto e sabe, mais que todo mundo, que todo fim é um recomeço.

Sobre esse tema, os links favoritos da minha semana:

1 – Mas afinal, onde fica o fim?

2 – Qual é o tempo necessário para cicatrizar e começar de novo?

3 – Uma carta do futuro para quem sofre de amor hoje

4 – O amor nunca morre

Beijos e um ótimo fim de semana! :)