29 de agosto de 2016

Booking: saiba como cancelar sua reserva não-reembolsável

Viagem

Depois de definir meus destinos das férias 2016, passei o fim de semana no Booking pesquisando hotéis e montando um roteiro taurinisticamente detalhado para que tudo se encaixasse perfeitamente, sem quaisquer imprevistos.

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Acontece que, em meio a inúmeras datas, cidades, hotéis e ofertas, troquei as informações de check-in da primeira hospedagem, justamente a única – e última – não-reembolsável que fiz na vida!

Meu desespero e o email do Booking chegaram ao mesmo tempo. “Sua reserva está confirmada […] Por favor, observe que se você cancelar, alterar ou não comparecer, será cobrado o valor total da tarifa.”

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Juro que só não desmaiei porque precisava, antes de tudo, evitar um considerável rombo financeiro na minha conta bancária. Sendo assim, mantive a calma e iniciei um processo que me traria a melhor notícia e o sono mais tranquilo do ano: “Sua reserva foi cancelada gratuitamente”. ♥♥♥

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Booking :como cancelar sua reserva não-reembolsável

Se você também quer chegar até ela, siga todos os próximos passos:

1 – Mantenha a calma

Sim, é desesperador imaginar que vários zeros à direita podem ser descontados da sua conta por um simples descuido. No entanto, quanto mais nervoso você ficar, mais chances terá de fazer outras besteiras. Assim, engula o choro e beba um copo com água (e açúcar, se quiser) antes do próximo passo.

2 – Entre em contato com o hotel e explique o ocorrido imediatamente

Embora sua reserva tenha sido feita pelo Booking, é o hotel quem vai determinar se ela poderá ser cancelada ou não. O Booking faz apenas um intermédio/conciliação. Descobri isso ao ligar para o hotel reservado por equívoco. Expliquei ao gerente todo o ocorrido e perguntei se haveria a possibilidade do cancelamento da reserva para que eu pudesse refazê-la. Ele me confirmou o recebimento da reserva via Booking e, diante do equívoco exposto, disse que o hotel concordava em cancelá-la gratuitamente. No entanto, eu teria que entrar em contato com o SAC do Booking para que a empresa confirmasse a liberação do cancelamento gratuito com o hotel e, assim, enviasse para o meu email toda a finalização.

3 – Ligue para o SAC do Booking

Entre em contato pelo 0800-0474429  (11) 4700 3710. Mais uma vez, explique calmamente todo o ocorrido. Informe também que já entrou em contato com o hotel, que está a par da situação. O atendente irá solicitar o código da sua reserva e o pin. Depois disso (com você na linha), entrará em contato com o hotel e, em poucos minutos, enviará o cancelamento para o seu e-mail. Preciso salientar aqui, sem exageros, que foi o melhor atendimento de SAC que já recebi.

4 – Tenha o sono dos absolvidos e durma com os anjos

Só entende quem passa e eu espero que você nunca passe por isso. De verdade.

Sobre fazer reserva não-reembolsável, repito: essa foi a primeira e única vez! A diferença de preço é muito pequena diante do transtorno que um simples contratempo pode ocasionar. Sabe aquele ditado que diz “Eu pago a mais pela minha paz”? Considere-o 100% na hora de reservar o seu hotel. Ou os 100% da tarifa no cartão de crédito…Aí a escolha é por sua conta e risco! :)

P.S: Caso você não consiga resolver a situação amigavelmente, o Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90) garante, através do Art. 49, o direito de arrependimento. Nele, em casos de compras não-físicas (aqui entra a internet), o consumidor tem o prazo de sete dias para desistência. Sem custos em cartões de crédito ou débito.

Óbvio que muitas empresas podem contrapor esse direito ao fato de que você concordou com os seus termos e serviços. No entanto, elas têm plena ciência da lei. Assim, caso não seja possível negociar com o hotel e/ou Booking, entre em contato com um advogado para te orientar melhor.

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Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
23 de agosto de 2016

10 orientações para conviver com um deficiente visual

Cotidiano

Conviver com um deficiente visual parece difícil e assustador à primeira vista. Frequentemente, vejo depoimentos de pais que não sabem como se comportar diante do diagnóstico dos filhos cegos ou com baixa visão, de professores que não sabem o que fazer com esses estudantes em salas de aula ou de pessoas que não sabem como inserir o colega com deficiência na roda de conversas e atividades de lazer, já que eles não enxergam ou enxergam muito pouco…

Isso porque a sociedade criou um conceito equivocado de que a deficiência é uma incapacidade vitalícia, exigindo de outras pessoas total atenção, cuidado e disponibilidade para com quem a possui. Tal conceito, no entanto, desconsidera o fato de que a pessoa com deficiência não se limita a esse estereotipo, sendo capaz –  do jeito dela – de fazer inúmeras outras coisas no seu dia a dia.

deficiente visual - a primeira vista

Val Kilmer e Mira Sorvino em cena do filme “À primeira vista”, um clássico sobre deficiência visual (Foto: Divulgação)

Eu, por exemplo, nasci com baixa visão e enxergo quase nada sem óculos ou lentes de contato. Se os coloco, fico “apenas” com 20% da visão e, veja você, embora isso tenha dificultado muita coisa na minha vida, não me deixou estagnada no sofá de casa. Estudei em escola regular, cursei jornalismo numa universidade federal, fiz mestrado, passei num concurso público e tenho esse blog lindo que você está lendo agora!

Fácil? Nunca foi nem é! Mas foram alguns gestos muito simples que me deixaram mais confiante e segura para que eu chegasse até aqui. Gestos dos meus pais, de familiares, de amigos e até de alguns conhecidos que fizeram muita diferença e que podem servir de orientações para quem se sente um pouco perdido diante dessa convivência um pouquinho “diferente”.

Vamos começar?

1 – Nunca diga que ele “nem parece uma pessoa com deficiência”

Já contei neste vídeo que deficiência não é incapacidade, mas uma limitação. Quando você diz que um deficiente visual não parece um deficiente visual porque faz coisas da mesma forma que você (nunca é da mesma forma, gente, mas falarei sobre isso num outro post), inconscientemente, está associando a deficiência a algo menor, ruim, desmotivador e isso é absolutamente preconceituoso. Além disso, tenta camuflar uma realidade que incomoda muita, muita gente: deficientes podem fazer as mesmas coisas que pessoas ditas “normais”. Dentro das suas limitações, claro, mas fazem. E isso incomoda porque o ser humano não aceita “ficar para trás” diante de quem tem “um defeitinho”. Isso é histórico, mas precisa mudar! Então vamos corrigir a frase para “Que legal saber que você é maior que a sua deficiência!” ♥

2 – Não insista no fato de que ele pode enxergar determinado objeto que está distante

deficiente visual - Ilustração

Ilustração: Revista Viva Saúde

Todo deficiente visual sabe das suas limitações. Quando ele disser que não está enxergando algo que você considera estar perto, não insista. A chance de ele ficar nervoso, impaciente ou  ser grosseiro com você é imensa e, convenhamos, com razão. Isso acontece muito comigo. A pessoa mostra um objeto longe pra caramba e fala “Tá vendo aquele cartaz ao lado do prédio?” Digo que não e a pessoa insiste: “Aquele cartaz azul e amarelo, à sua esquerda, está escrito com letra grande, de cor roxa…” Respiro, digo que até estou enxergando o cartaz, mas não consigo ver as cores nem o texto. “Mas a letra está grande, faça um esforcinho…”  Oooooi??

Não vamos insistir, ok? Se você quer muito que a pessoa veja o tal cartaz/objeto/seja lá o que for, atravesse a calçada, a rua ou a cidade para mostrá-lo! Se não, apenas mencione as características do cartaz e o conteúdo do texto. Acredite, a pessoa vai entender.

3 – Não mude as coisas de lugar sem avisar

Essa é a regra básica para conviver com um deficiente visual, tendo ele baixa visão ou sendo completamente cego. Isso porque, mesmo sem enxergarmos bem, nosso cérebro faz um “mapeamento” constante dos ambientes que frequentamos no dia a dia. Casa, escola, trabalho, faculdade… Tudo fica devidamente organizado e mapeado na nossa cabeça, ainda que não enxerguemos os objetos nitidamente. Acho que isso fica fácil de entender quando vemos pessoas cegas se locomovendo normalmente em ambientes familiares. Sendo assim, toda e qualquer mudança no ambiente deve ser sinalizada para evitar desconfortos, insegurança e, em casos mais graves, até acidentes.

Ah, e não é só avisar, tá?! Tem que mostrar as mudanças (para os que enxergam) ou conduzir (para os que não enxergam) ao novo ambiente. E lembre-se: um carregador na tomada já é um novo ambiente para alguém com deficiência visual…

4 – Aliás, não faça nada sem avisar

Quanto maior a limitação visual, mais necessária se faz essa orientação. Está na sala conversando com uma pessoa cega e precisa sair ainda que rápido? Avise. Vai mudar de canal? Avise. Derrubou algo no chão? Avise. Avise SEMPRE! Isso é muitíssimo importante para que  deficiente visual confie em você e se sinta seguro na sua presença. E, por favor, não minta. Não diga, por exemplo, que vai ao banheiro se vai à casa do vizinho ou que tem cenoura na sopa se, na verdade, é abóbora. Não se aproveite da deficiência alheia para se beneficiar. Esperteza, nesse caso, é mau caráter mesmo!

5 – Não brinque com cães-guia

deficiente visual - cao guia

Foto: Instituto Federal de Santa Catarina

De forma geral, cães-guia são treinados para acompanhar e proteger pessoas cegas. Por serem os olhos dos seus donos, trabalham duro e precisam estar atentos o tempo inteiro para cumprirem a sua missão que, entenda, é um trabalho. Dessa forma, não se pode distraí-los com brincadeiras, abraços ou lanchinhos. Muito menos dar ordens para ver se ele atende aos seus chamados. Sei que é difícil se segurar diante de tanta fofura, mas caso queira se comunicar com um cão-guia, é absolutamente necessário pedir permissão ao dono. Só ele saberá se o momento é apropriado. Caso ele permita, aí sim pode soltar aquele “Ooooooown!” ♥

6 – Crie códigos para que a pessoa entenda situações de perigo

Em vez de utilizar frases do tipo “Olhe o buraco!”, “Cuidado com esse batente!”, “Não pise no chão molhado!“, que geram apreensão e ansiedade, crie códigos físicos para que o deficiente visual perceba a situação de perigo. Essa “técnica” dá muita segurança e noção de espaço, devendo ser utilizada desde os primeiros anos de vida da pessoa com deficiência visual.

Uma coisa que sempre funcionou muito comigo é alguém se colocar à minha frente e segurar minha mão com firmeza para que eu diminua o passo e, assim, note o degrau, o batente, o buraco, seja lá o que for. É muito melhor que avisar aos gritos, gente!

7 – Ofereça ajuda sempre que a pessoa for atravessar ruas e avenidas 

E essa ajuda não é apenas acompanhar no trajeto, tá?! É avisar se vem carro, se o sinal está aberto ou fechado, se há parada de ônibus do outro lado… E o mais importante: nunca pegue na mão ou no braço de um deficiente visual – cego ou com baixa visão – para atravessar a rua. Ofereça o seu braço para que ele possa tê-lo como apoio

8 – Nos restaurantes, observe se a pessoa consegue ler o cardápio

Se a pessoa for completamente cega, pergunte do que ela gosta e leia as opções por completo (sim, assim como você faz para você). Se ela tiver baixa visão, observe se sente dificuldades para ler o cardápio e ofereça ajuda para sanar qualquer dúvida. É um gesto simples que faz muuuuuita diferença! Até porque, convenhamos, muitos restaurantes têm cardápios que nem quem tem 100% da visão consegue ler…

9 – Em escadas, deixe o corrimão livre

Ao subir e descer escadas (principalmente descer), o deficiente visual precisa se apoiar em algum lugar para ter confiança e noção de espaço. Assim, sempre deixe esse lugarzinho reservado para ele.

10 – Entenda, de uma vez por todas, que ele não precisa ficar em casa só porque não enxerga bem

Como forma de compensação, a limitação visual faz com que todos os outros sentidos sejam mais aguçados que o normal. Portanto, mesmo sem enxergar bem, a pessoa ainda escuta, sente cheiros, gostos, emoções… Tem uma vida inteira pela frente que não deve, sob hipótese alguma, ser reduzida a uma deficiência. Leve seu filho/amigo/parente com deficiência visual para sair de casa. Eles sabem se divertir tão bem quanto você!

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
18 de agosto de 2016

Melissinha azul, tricô e um look quase colegial

Look do dia

Melissinha, definitivamente, é aquele calçado que remete à nossa memória mais afetiva. ♥ Principalmente para quem nasceu na década de 1980, vendo todos aqueles comerciais do combo “pochete, relógio e estojinho”… #saudadesmuitas #velhainfância

Lembro-me como hoje do dia em que ganhei o meu primeiro modelo. Tradicionalíssimo, azul bebê, usado t-o-d-o-s-a-n-t-o-d-i-a até a correia e o solado arrebentarem! hahahaha Depois dele, até tive outros modelos apaixonantes, mas nada sentimentalmente comparado ao “aranha” que, por muito tempo, teve sua versão adulta suspensa pela marca.

O fato é que, mês passado, buscando sapatos confortáveis e sem salto para um pé recentemente quebrado, tive um flashback atualizado: minha melissinha azul, agora com glitter! ♥♥♥

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Fotos: Carol Oliveira

Fiquei tão incrédula – e feliz – que nem pensei duas vezes em levá-la para casa! E, claro, em montar um look digno dessa lembrança gostosa. :)

Sendo assim, nada mais justo que combiná-la com uma camisa branca, tricô e saia de estampa geométrica. Um look quase colegial, bem anos 90. ♥

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Sempre achei LINDA essa combinação de camisa branca e tricô. Via nos figurinos dos filmes e ficava pensando: “Nossa, que simples, chique e atemporal!” Mas a maioria deles era com calça ou saia lisa e essa combinação não faz muito o meu estilo, sabe?

Como o tricô e a melissinha têm tonalidades parecidas de azul , preferi dar uma “quebrada” no look com algo mais divertido. Então coloquei essa saia evasê, com estampa geométrica, que fez toda a diferença no resultado. Assim, não ficou parecendo que eu estava saindo do colégio, né?! kkkkk

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Para complementar, minha bolsa favorita dos últimos tempos (que já combinei com outro look).

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Sinceramente, acho que foi uma das minhas combinações favoritas. Aquele look que você olha e pensa “Caramba, estou tão vestida de mim mesma”, sabe?!  Se fosse criança, certeza que faria aquela birra para não tirar uma pecinha sequer… A melissinha então… nem se fala, né?! kkkkk
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Estou usando:

Camisa: Damyller
Tricô: Maria Filó
Saia: Zara
Bolsa: Maria Filó
Sandálias: Melissa (vende aqui)

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira