19 de agosto de 2015

14 frases de O Pequeno Príncipe que só os adultos entenderão

Cotidiano

O Pequeno Príncipe chegou ao meu mundo no Natal de 1992, quando eu tinha oito anos. Foi presente de uma amiga do meu pai, veio numa caixa vermelha e com um cartão que dizia assim: “Para que você veja além dos seus olhos!”

Achei bonito, mas obviamente não entendi o que aquilo queria dizer. Nem dei importância ao cartão (desculpe, Gildete, mas eu era uma criança…) e passei um dia inteiro conhecendo os planetas pelos quais o Pequeno Príncipe havia passado…

Longe de ser um livro infantil, só vim entender essa e outras mensagens na vida adulta, quando o reli sabe-se lá quantas vezes.

Hoje, véspera da estreia do clássico de Antoine de Saint-Exupéry nos cinemas, fiz questão de fazer uma nova leitura e separar 14 frases de O Pequeno Príncipe que só os adultos entenderão:

O-Pequeno-Principe-Antoine-de-Saint-Exupery

1 – “Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso.”

É engraçado como, muitas vezes, não nos permitimos viver coisas legais – e aparentemente impossíveis – simplesmente porque “parecem coisas de criança” e “não são mais para a nossa idade”.

Há quem perca grandes oportunidades de realizar sonhos quando estabelece não mais viajar para Disney, não mais comprar uma revista em quadrinhos, não mais se deixar sujar o cantinbo da boca (ou a boca inteira, no meu caso) ao tomar um sorvete ou não mais andar de bicicleta na chuva…

Olhe para você e lembre-se de quem você é de verdade! Adultos são apenas crianças que aumentaram de tamanho. Os sonhos, lá no fundo, permanecem mágicos!

2 – “Quando a gente anda sempre em frente, não pode ir muito longe.”

Nossas maiores conquistas são alcançadas quando exploramos outras direções além das que nos colocam na nossa zona de conforto. Muitas vezes,  faz-se necessário recomeçar a trajetória, pois não nos demos conta de coisas valiosas naquele caminho…

3 – “Elas [as pessoas grandes] adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. […] Mas perguntam: Qual é a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai? Somente assim é que elas julgam conhecê-lo.”

Vivemos numa sociedade na qual as pessoas valorizam mais o “ter” do que o “ser”. Apresentamos namorados/amigos/parentes “advogados”, “médicos”, “empresários”, mas nunca “gentis”, “carinhosos”, “pacientes”, “tolerantes”.

Números atraem, mas sozinhos não dizem nada, nem nas expressões matemáticas. Pensem nisso!

o pequeno príncipe 2

4 – “Nem todo mundo tem amigo.”

Para mim, uma das frases mais célebres do livro. Amigo é algo valioso, que só se consegue por mérito, paciência, gentileza e respeito. Amigo é quem tem a nobreza de aceitar o outro do jeito que ele é. Parar, prestar atenção e perceber que a “verdade” do outro” também faz sentido. Se não for na sua vida, fará na dele.

Há quem tenha a sorte de ter vários! Há quem, no entanto, desconheça a existência de algum…

5 – “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas”

Você certamente não se lembra, mas para ficar de pé no seu calçado favorito precisou engatinhar, segurar em paredes, centros e sofás, ensaiar passos – muitas vezes frustrados – para, finalmente, caminhar pela casa.

Foram necessários esforços e abdicações, erros e tentativas, pois crescer é isso! É preciso sair e enfrentar os medos, as angústias, os tropeços. Eles fazem parte da vida e da paisagem linda que ela te dá quando composta pelas borboletas.

6 – “Ele não sabia que, para os reis, o mundo é muito mais simples. Todos os homens são súditos.”

O cenário está longe de ser exclusivo de uma monarquia e o meu post está longe de ser uma reflexão partidária. No entanto, para quem tem – ou almeja – o poder nas mãos, o resto é subserviência. Na verdade, os “reis” precisam bem mais dos seus “súditos” que os “súditos” dele…

o pequeno príncipe 4

7 – “É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar.”

Não exija dos outros aquilo que eles nunca prometeram lhe dar, nem se obrigue a oferecer algo que não lhe pertence. Um amor, uma amizade, um carinho, um abraço, um reconhecimento, um pedido de desculpas, tudo acontece naturalmente e só tem valor quando é entregue sem cobranças.

8 – “O essencial é invisível aos olhos, e só se vê bem com o coração.”

Uma das frases mais conhecidas de Antoine de Saint-Exupery e talvez, a mais verdadeira. O melhor de um amor, de uma viagem, de um encontro ou de um presente não é o que transmite aos outros, mas o quanto nos toca o coração.

Amores não se tornam mais verdadeiros quando atestados em contratos; Viagens não são mais incríveis pela quantidade de fotos que foram tiradas. Amizades não são mais honestas quando os envolvidos se falam todos os dias.

O essencial a gente sente e, ao sentir, a gente sabe. :)

9 – “É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros.”

Muitos sabem que olhar para dentro dói e, se é para machucar alguém, melhor que seja o outro…

o pequeno príncipe 5

10 – “A gente só conhece bem as coisas que cativou.”

Essa frase é engraçada porque define muito bem o que a gente sente no decorrer da construção de uma relação, seja ela de que tipo for. No começo, o outro parece longe, você mal sabe seus gostos e preferências. Mal sente a sua falta.

Depois, é como se tudo ficasse mais próximo e a pessoa se fizesse necessária na sua vida. Daí você para e pensa: “Mas eu nunca imaginei. Era algo tão distante…”

Era, mas criou laços, cativou! :)

11 – “É bom ter tido um amigo, mesmo se a gente vai morrer.”

Porque amigos verdadeiros nunca, nunca morrem! ♥

12 – “Os homens embarcam nos trens, mas já não sabem mais o que procuram.”

O imediatismo social no qual vivemos nos proporciona viagens que, muitas vezes, nem desejamos fazer.

Jovens de dezessete anos, ou seja, no primeiro quarto da vida, são pressionados a estabelecer uma profissão para uma vida inteira. Mulheres são pressionadas a casar antes dos 25, ter filhos antes dos 30 e, não bastasse, ser bem sucedida antes dos 35. Homens precisam sair da casa dos pais, ter uma carreira promissora, o carro do ano e nunca, jamais, recusar sexo.

Como diria Mafalda, “isso não é vida, é um fluxograma!”

13 – “A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.”

Um pouco? A gente chora é muito! E chora pelas conquistas, pelas derrotas, pela saudade, pelos abraços que consolam, pelas palavras que incentivam… E, claro, pela confiança quebrada.

Criar laços é iluminar os olhos, nos dois sentidos.

14 – “E nenhuma pessoa grande jamais entenderá que isso possa ter tanta importância!”

Nenhuma :)

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
04 de agosto de 2015

Q&A a Day- 5 Year Journal: um diário para aprender inglês

Cotidiano

Ontem, contei aqui no blog que ainda escrevo em diários e mostrei o meu xodozinho: o One Line a Day.

Dando continuidade à minha modesta coleção, venho mostrar agora o Q&A a Day- 5 Year Journal: o diário de perguntas que ainda te faz aprender inglês!!!

diarios (1)

Fotos: Carol Oliveira

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Seguindo a mesma lógica do One Line a Day, o Q&A (Questions and Answers) é um diário com 365 perguntas (em Inglês), uma para cada dia do ano! Para cada pergunta, cinco espaços: o primeiro correspondendo ao ano em que você inicia o diário e os demais para os anos subsequentes.

Vamos lá:

diarios (13)

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Sim, as perguntas são em inglês e eu as respondo em português porque o diário já exige que eu responda TUDO em cinco linhas, o que já me deixa psicologicamente pressionada a ser objetiva, algo que eu não sou… #Jéssicadramática

Mas falando sério, além de ter uma proposta bem bacana, acho o Q&A uma excelente ideia para quem quer aprender um pouco de inglês. De forma geral, as perguntas são curtas e fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa. sendo de muita utilidade para quem pensa em conhecer um país de língua inglesa.

Gostaram da sugestão?

Onde encontrar?

Comprei o meu Q&A a Day- 5 Year Journal em abril, na Livraria Cultura de Recife. Na época, ele só era vendido em lojas físicas, mas agora já pode ser adquirido online.

P.S: Há uma versão bem linda desses diários chamada Mom’s One Line a Day, que foi desenvolvida para que as mamães guardassem as recordações dos seus babies por cinco anos! Se você estiver grávida ou algum bebê da família ou amigas estiver a caminho, fica a dica! :)

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
03 de agosto de 2015

One Line a Day: um diário de memórias

Cotidiano

Desde criança, vejo na escrita algo libertador. Ao colocar no papel os meus sentimentos e as minhas impressões sobre o mundo, eu me sentia – e ainda me sinto – muito mais forte. É como se todos os meus pensamentos ganhassem vida e pudessem dialogar francamente comigo, sem julgamentos ou críticas.

Costumo dizer, inclusive, que o papel me despe carinhosamente, com a firmeza das convicções e a fragilidade das inseguranças. Não à toa, minha relação com ele é diária: em diários.

One line a day (diário)

Fotos: Carol Oliveira

Sim, eu ainda escrevo em diários! E, se você prestar atenção ao cabeçalho deste blog, verá que ele foi todo desenvolvido para se parecer com um ♥

O primeiro que quero compartilhar aqui se chama One Line a Day – A Five Year Memory Book e é o diário mais lindo que já tive! Com capa dura nas cores azul e dourado, nada mais é que um livro de recordações que te acompanha por cinco anos! ♥

Como num diário comum, cada página é identificada com o dia e o mês específicos. Porém, cada uma delas é dividida em cinco parte iguais que correspondem a cinco anos consecutivos daquela mesma data. Para cada ano, um espaço com cinco linhas nas quais você escreve o que quiser.

Parece complicado, mas é super fácil:

one line a day

Tomei como exemplo o dia do lançamento do blog (27 de abril de 2015). Veja que, na mesma página, há os espaços para que eu possa voltar a essa data em 2016, 2017, 2018 e 2019 (é só preencher os balõezinhos)! As páginas seguintes são como uma agenda normal e você escreve em cada uma delas diariamente.

Uma das coisas mais lindas desse diário é o corte das folhas, que tem acabamento dourado nas laterais e um charme todo especial:

diarios (7)

diarios (11)

Tenho o One Line a Day desde setembro do ano passado e, de vez em quando, volto umas folhinhas para relembrar datas e momentos aleatórios da minha vida. Acho mágico e muito divertido fazer isso, sabe?

O único”problema” que vejo nele são as – apenas – cinco linhas. Gente, como alguém consegue resumir o dia em cinco linhas???? Eu sempre acho um martírio, mas é para isso que servem as laterais, as abreviações… hahaha

Acho o One Line a Day uma excelente opção de presente para quem,  assim como eu, gosta de escrever. Inclusive, já presenteei uma amiga (oi, Jonnia!) e ela adorou!

E vocês, o que acharam?

Onde comprar:

O One Line a Day é publicado pela Chronicle Books e, no Brasil, você  consegue encontrá-lo na Livraria Cultura.

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira