01 de junho de 2015

Sobre um presente chamado confiança

Crônicas

“Se eu pudesse te dar uma coisa, uma única coisa nesta vida, seria confiança, disse Dexter (Jim Sturguess) a Emma (Anne Hathaway) num dos filmes mais lindos aos quais já assisti, One day.

Sem exageros, ontem assisti ao filme pela décima vez e, como na primeira, fiquei absolutamente impressionada com a profundidade da mensagem dita numa cena rápida, tão simples.

Mas, afinal, o que seria das nossas vidas se nos dessem a confiança como único presente?

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(Foto: Divulgação One day)

Confiança alimenta sonhos. É capaz de torná-los ainda mais fortes para serem concretizados independente dos obstáculos. É capaz de nos fazer mudar a direção, virar à esquerda ou à direita, voltar ou simplesmente abandonar o caminho, pois confiança é o melhor guia da nossa jornada.

Confiança abre e ilumina o olhar. Faz com que nos enxerguemos como somos e possamos olhar o outro com mais atenção. Faz com que vejamos o mundo com mais brilho, sem ofuscar a imagem, e com mais contraste, sem discriminar as cores. Confiança é sempre multicolorida.

Confiança diminui o barulho do relógio. Mostra que a pressa pode nos trazer tropeços que mutilam e que o tempo pode nos ser muito generoso. Mostra a sonoridade dos desejos e o silêncio da concentração. Confiança, ainda que pareça o ponteiro dos segundos, é o ponteiro das horas.

Confiança é o sorvete que cai e nos faz rir como crianças. É o amor próprio, é a inocência e a coragem reunidas. É o impulso para a vida, seja ela do tamanho que for.

Caso você seja presenteado com isso, leve a caixa consigo, por favor.

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira