28 de abril de 2015

Tudo o que você precisa saber para tirar seu passaporte

Viagem

Se você está planejando uma viagem internacional, seja ela com amigos, família, namorado ou alone, deve ficar bem atenta à documentação exigida pelo país de destino.

Enquanto aqui no Brasil você vai e vem de ônibus, navio ou avião apenas com o seu RG, que é um documento nacional, lá fora ele não tem respaldo legal e sua identificação é feita por um documento único, reconhecido mundialmente: o passaporte.

passaporte

A exceção está nos países-membros e associados do Mercosul, onde brasileiros podem entrar apenas com o RG.

Emitido exclusivamente pela Polícia Federal, é no passaporte que constam dados pessoais, tais como nome, data de nascimento, filiação e nacionalidade. Para solicitá-lo, é necessário entrar no site da PF , preencher a requisição, pagar a Guia de Recolhimento da União (GRU) e comparecer ao posto do DPF com toda a documentação necessária no dia agendado.

Tipos de passaporte

Azul (passaporte comum) – concedido a todo brasileiro nato ou naturalizado. Validade: até o início de 2015, tinha validade de cinco anos. Agora, o prazo foi estendido para dez;

Vermelho (passaporte diplomático) – concedido a presidentes, vice-presidentes e ex-presidentes da República; além de governadores, diplomatas, militares em missões, membros do Congresso Nacional, ministros do STF, Tribunais Superiores e TCU, procurador-geral da República, subprocuradores do MPF e juízes brasileiros em tribunais internacionais. Validade: até o início de 2015, tinha validade de cinco anos. Agora, o prazo foi estendido para dez;

Azul-celeste (passaporte de emergência) – é concedido àquele que, tendo satisfeito as exigências para concessão de passaporte, necessite do documento com urgência e não possa, comprovadamente, aguardar o prazo de entrega. Validade: no máximo, 1 ano;

Amarelo – concedido aos estrangeiros refugiados, apátridas ou de nacionalidade indefinida. Validade: será fixado pela autoridade que o conceder, não podendo, porém, ser superior a dois anos. É válido para uma só viagem redonda, isto é, ida e volta. Assegurará o retorno do titular ao Brasil ou sua saída do país;

Marrom (lassez-passer) – legalmente, não é um passaporte, mas é um documento concedido a cidadãos de países que não mantêm relações diplomáticas com o Brasil. Validade: será fixado pelo órgão que o conceder, pelo prazo máximo de dois anos;

A voz da experiência

passaporte1

Fiz minha primeira viagem internacional em 2013, para Buenos Aires. Como a Argentina é país-membro do Mercosul, entrei no território hermano apenas com o meu RG. Caso você decida fazer o mesmo, certifique-se de que o documento seja de emissão não superior a dez anos e esteja em bom estado.

Já em outubro de 2014, precisei tirar o passaporte para fazer um intercâmbio em Barcelona. Preenchi a requisição, paguei a GRU e compareci ao posto emissor da PF (aqui em Aracaju ele fica dentro do aeroporto) no horário agendado.

Não houve atraso relevante e, ao entrar na sala, verificaram todos os meus documentos. Em seguida, sentei no espaço reservado para tirar a foto, dei um sorriso e… click!

Mas, Jéssica, pode sorrir??? Claaaaro que pode! O que não pode é exagerar na roupa, cabelo ou maquiagem, pois você precisa ser identificada em condições normais de temperatura, pressão e realidade, ok?!

Cinco dias depois, recebi e-mail confirmando a confecção do meu passaporte e fui busca-lo como quem estava resgatando um tesouro! =D

Novidades

passaporte_carimbo

Desde o fim de agosto de 2014, a PF voltou a emitir o campo “filiação” no passaporte azul. Assim, menores de idade não mais precisarão apresentar RG ou certidão de nascimento para provar que estão viajando com os pais. Além disso, ao emitir um novo passaporte, estes poderão optar pela inclusão de uma folha em que consta a autorização – opcional – para que o menor possa viajar desacompanhado ou acompanhado por apenas um deles.

Mas a melhor de todas as novidades é que o passaporte brasileiro passou de cinco para dez anos de validade!!! Já pensou em quantos carimbos você vai ganhar até lá? <3

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
27 de abril de 2015

Feliz Blog Novo!

blog deixe-me contar

feliz blog novo

Desde criança, escrever sempre foi a minha grande paixão. Isso era visível nos inúmeros diários que tive, na coleção de papéis de carta que lotava pastas, nas idas e vindas aos Correios para enviá-los aos amigos e nos bilhetinhos escritos durante o começo, meio ou fim das aulas no colégio.

Mas meus familiares atestam que as palavras já tomavam conta de mim bem antes das salas de aula, nas conversas in-ter-mi-ná-veis que eu tinha com qualquer pessoa que se aproximava! Era só dizer “oi!” e eu era capaz de conversar por horas…

Não por acaso, fui conduzida à faculdade de Jornalismo. Lá, comecei a preencher as linhas dos “bloquinhos” não apenas com histórias minhas, mas com as de pessoas que também tinham muito a dizer e que, obviamente, despertaram a minha curiosidade.

Curiosidade essa que nunca teve tema ou editoria e, hoje, no lugar que escolhi para escrever por prazer, não poderia ser diferente.

Assim, é com enorme satisfação que lhes apresento o blog Deixe-me contar…, um espaço cujas linhas serão preenchidas com cotidiano, moda, viagem, beleza, diversão, desabafos… porque a editoria aqui é a vida! E, sinceramente, ela seria muito chata se só tivesse um assunto, né?!

Feitas as devidas apresentações, sejam todos muito bem-vindos!

Um grande beijo,

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
27 de abril de 2015

“O importante é vestir a alma”: uma conversa franca sobre moda com Cris Guerra

Moda
moda intuitiva - cris guerra 1

(Fotos: Arthuro Paganini)

No início de abril, o Moda Riomar Cosmopolitan trouxe a Aracaju a publicitária e blogueira Cris Guerra para falar sobre o assunto que dá nome a um de seus livros: Moda intuitiva.

Num bate papo leve, sincero e descontraído, ela conversou comigo sobre como a moda sempre esteve ligada à sua vida e como a importância de um autoconhecimento pode evitar a compra de desejos que não são nossos, inclusive os da vitrine! E foi enfática: “É de inovação que o mercado brasileiro está precisando”.

Confira a entrevista na íntegra!

Deixe-me contar – No prefácio do livro Moda intuitiva, a Mary Arantes [designer de acessórios] diz que “antes de combinar cores e formas, você combina tudo na alma”. Como você consegue desenvolver uma relação com a moda de dentro para fora num universo em que ela é produzida no caminho inverso?
Cris Guerra – Sempre digo que a moda está associada à minha vida desde o dia em que nasci. Do álbum de infância ao look de hoje, as roupas dizem muito do que fui e sou, revelam todas as minhas histórias. E não acho que seja diferente com as outras pessoas. Um dia você acorda se sentindo um mulherão; no outro, uma menina; no seguinte, mais descontraída ou reservada e assim por diante. Quando vestimos uma roupa, vestimos nosso estado de espírito.

moda intuitiva - cris guerra 2

Deixe-me contar – Foi sob essa perspectiva que você escolheu o nome do seu blog?
Cris Guerra – Na verdade, o primeiro nome em que pensei foi Com que roupa?, mas já haviam registrado o domínio… [risos] Então, rapidamente, pensei em Hoje vou assim. A ideia foi despretensiosa, eu queria mostrar que era possível me vestir de várias formas, a cada dia, com peças que já estavam ali, no guarda-roupa. Sem saber, acabei criando o primeiro blog de looks diários do Brasil.

Deixe-me contar – Mas, depois, dele, surgiram tantos que nem o Google dá conta. Você acha que ainda há espaço para quem quer ingressar no mercado dos blogs de moda?
Cris Guerra – Acho que temos muita coisa da mesma e, nesse sentido, estamos saturados. Em todas as profissões, há espaço para quem inova e é de inovação que os blogs de moda estão precisando. Não é porque a blogueira “X” faz isso e tem sucesso que eu também tenho que fazer. Já recusei inúmeras propostas que me trariam ganho financeiro, mas que não condiziam com a minha personalidade. É isso, é preciso ter personalidade.

moda intuitiva - cris guerra 3

Deixe-me contar – Do estado onde você nasceu (MG), saem grandes nomes de blogueiras, designers, estilistas e marcas de roupas, sobretudo as de festa. Seria a moda a mais nova riqueza mineira?
Cris Guerra – Nossa! Eu não sei te dizer isso [risos]. Nós temos, sim, um mercado de moda bem estruturado, principalmente porque contamos com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e com uma divulgação conceituada, que é o Minas Trend. Realmente, temos uma moda festa bem estruturada. Mineira gosta de brilho, do glamour da noite… Mas temos bordados incríveis também. Ah, mas vocês do Nordeste também têm coisas incríveis!

Deixe-me contar – A criação e a concepção da moda estiveram, por muitos anos, atreladas aos estilistas internacionais. Hoje, percebe-se que os estilistas brasileiros estão ganhando certo espaço. Por que tardamos tanto a emplacar se temos um mercado tão consumidor?
Cris Guerra – De forma geral, o brasileiro tende a valorizar o que está em evidência no exterior e isso não é diferente no universo da moda. Temos bons estilistas, mas repetimos tendências, conceitos e isso não impulsiona carreira alguma. Talvez por isso tardamos a emplacar. No entanto, recentemente, tivemos o reconhecimento internacional de nomes brasileiros de muita personalidade, a exemplo de Ronaldo Fraga, Patrícia Bonaldi, Martha Medeiros e Oskar Metsavaht. Estamos engatinhando.

Deixe-me contar – Com tanto look do dia, as pessoas supõem que você gosta muito de shopping…
Cris Guerra – E gosto! Mas não única e exclusivamente para comprar. Eu gosto do shopping pelo que ele traz pra mim. Pelas cores, pela criatividade, pela dimensão que ele me proporciona. Hoje, por conta do meu trabalho, ganho muita coisa, mas sei o que de fato veste a minha alma.

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira