21 de maio de 2015

Intercâmbio: tudo o que você precisa saber antes de embarcar neste sonho

Intercâmbio, Viagem

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Meu sonho de estudar fora do país surgiu ainda na adolescência, quando comecei a sentir necessidade de conhecer lugares e culturas diferentes. No entanto, fazer intercâmbio naquela época era algo completamente fora da minha realidade.

As passagens e os cursos de idiomas eram absurdamente caros, não havia muitas agências especializadas no serviço e pouco se tinha acesso à informação como nos dias atuais. Intercâmbio era o luxo dos luxos e era para poucos

Hoje, esse cenário mudou e fez com que inúmeros estudantes e profissionais brasileiros – inclusive eu! – conseguissem pôr em prática essa experiência tão maravilhosa e indescritível.

Para ajudar quem está sonhando com o primeiro – ou com o próximo – destino, conversei com João Dória, gerente da Student Travel Bureau (STB) em Aracaju, uma das mais renomadas agências de intercâmbio do país, para explicar tudo o que você precisa saber antes de embarcar nesse sonho.

Confira a entrevista abaixo:

Deixe-me contar – O que é um intercâmbio?
João Dória –
Há certo tempo, poderia dizer que era um período de um semestre ou de um ano acadêmico, em outro país. Hoje em dia, pode ser um período de dias, semanas, semestre ou até anos. Tornou-se algo tão personalizado que as pessoas adequam os seus objetivos pessoais, profissionais ou acadêmicos a este período de aprendizado e conhecimento. Atualmente, os programas têm os mais variados propósitos: aprendizado do idioma, exames de proficiências e certificados, lazer, períodos sabáticos, mudanças de carreiras, pós-graduações, colegial no exterior, turismo cultural e assim por diante.

Deixe-me contar – Qualquer pessoa pode ter essa experiência? Existe idade mínima ou máxima para isso?
João Dória –
Sim, qualquer pessoa. Hoje, já trabalhamos com programas para estudantes a partir de 6 anos (em Verbier, na Suíça, por exemplo), até o limite da capacidade física de suportar o tempo da viagem dentro do avião. Temos clientes que viajaram conosco com a idade de 78 anos. O principal pré-requisito é querer participar de um programa de intercâmbio.

Deixe-me contar – É preciso ser fluente no idioma do país de destino para fazer um intercâmbio?
João Dória –
De maneira alguma. Os programas de idioma são feitos justamente para o desenvolvimento das quatro habilidades cognitivas: ler, ouvir, falar e escrever, do nível básico ao avançado. Apenas em programas de certificados ou acadêmicos, a exemplo de mestrados e doutorados, seria exigida a fluência na língua.

Deixe-me contar – Como deve ser feita a escolha do país de destino?
João Dória –
O estudante deve levar em consideração o que o atrai numa outra cidade ou país. Urbana ou descolada, grande ou pequena, fria ou quente, todos os aspectos devem ser considerados e analisados delicadamente. Importante também saber para quais destinos o programa escolhido é ofertado. Deve-se ponderar o que é prioridade na viagem. Existe um apanhado de perguntas pessoais que precisam ser feitas antes da escolha final. Não é como uma camisa, por exemplo, que compramos e, caso não sirva, podemos trocá-la rapidamente. É algo mais definitivo e envolve muitas expectativas, portanto precisa ser analisado com bastante calma.

Deixe-me contar – Qual é o papel da agência de intercâmbio neste processo?
João Dória –
Se tivesse que definir em uma só palavra, seria orientar. Somos responsáveis por “guiar” o estudante desde o processo de escolha do programa até toda a parte operacional. Temos um conceito chamado ‘One Stop Shop’, no qual o estudante resolve tudo que ele precisa conosco, da orientação para tirar o passaporte ao passe de trem para fazer aquela viagem durante o intercâmbio. A escolha da agência deve levar em consideração a segurança e a credibilidade, pois os preços são sempre tabelados e divulgados amplamente no site dos fornecedores.

Deixe-me contar – Como são escolhidas as escolas e as acomodações?
João Dória –
O estudante precisa estar munido de informações que possam ser relevantes na escolha, tais como localização, programas ofertados, horários das aulas, estrutura física, número de alunos, mix de nacionalidade, dentre outros. As acomodações também seguem a mesma linha e é importante que o estudante avalie todas as opções para que ele mesmo possa julgar o que é mais lhe é conveniente e adequado. Não existe melhor ou pior escola ou acomodação, mas sim opções mais adequadas a cada perfil

Deixe-me contar – Qual o melhor período para fazer intercâmbio? E o tempo mínimo para uma aprendizagem real?
João Dória – Não diria que existe um melhor período para viajar, pois o que é ruim para uns pode ser bom para outros. Já tivemos casos de estudantes que não queriam frio de maneira alguma e outros que queriam o lugar mais frio no qual pudessem aprender o idioma. Acredito que o período está relacionado ao que é importante e relevante para o passageiro. Com relação ao período para uma aprendizagem real, vai depender de como está o nível do estudante ao iniciar o programa, mas trocando em miúdos: para cada um mês de aula num intercâmbio, temos o equivalente a seis meses de aula no Brasil. Isso em carga horária, sem mencionar a imersão cultural.

Deixe-me contar – O que representa um intercâmbio para você?
João Dória – Para mim, é um período de descoberta e aprendizado, onde avaliamos o real sentido da vida e nossos valores. Acredito que o intercâmbio é parte fundamental na formação pessoal e profissional do indivíduo. Meu grande sonho é que, algum dia, todos possam ter essa oportunidade, assim teremos um mundo com mais respeito às diferenças. Sem dúvidas, você sempre volta diferente de uma viagem. Por algum tempo, essa era a marca da STB e descreve fielmente esse processo.

E aí, deu vontade de viajar? =)

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
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1 comentário
  1. Thiago Cavalcante

    Parabéns ao blog pela matéria. Ótimas informações para quem quer fazer um intercâmbio produtivo.