01 de maio de 2015

Calça flare: elegância e versatilidade a qualquer hora

Moda

calça flare - capa

Sucesso na década de 1970, a calça “boca de sino” encantou homens e mulheres de toda uma geração marcada pela autenticidade. Anos depois, ela ganhou uma variedade de estampas, tecidos e até adaptação na largura da barra, sendo presença garantida nas passarelas mais consagradas e ganhando um novo nome: calça flare.

Além de ser tendência da coleção outono/inverno 2015 de diversas marcas, a calça flare é uma excelente opção para as brasileiras, já que a cintura alta e o corte justo até o joelho se alinham ao volume da parte de baixo, fazendo com que os quadris – geralmente largos – não fiquem tão marcados.

Sem dúvidas, é uma das peças da estação de que mais gosto. Ao mesmo tempo em que é versátil, é feminina e elegante, sabe?! Amo! Sobretudo porque dá para usá-la em qualquer ocasião.

Olhem aqui algumas das minhas combinações favoritas para vocês se inspirarem:

calça flare - básicos

Os tons básicos são sempre muito elegantes e costumam compor boas produções tanto para o dia a dia como para ocasiões especiais.  Fiquei apaixonada por esse look com a calça branca, mas meu preferido mesmo, dentre os básicos, é o jeans! Fica causal e chique. AMO! <3

calça flare - para ousarPara quem quer looks mais ousados, basta investir nas diversas opções de cores e estampas! Elas ficam lindas com blusas lisas para as que curtem combinações mais clean, porém também ganham um charme a mais se combinadas com t-shirts divertidas.

Neutra ou colorida, a calça flare é ou não uma lindeza?

Gostaram das combinações?

Beijo!

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira
27 de abril de 2015

“O importante é vestir a alma”: uma conversa franca sobre moda com Cris Guerra

Moda
moda intuitiva - cris guerra 1

(Fotos: Arthuro Paganini)

No início de abril, o Moda Riomar Cosmopolitan trouxe a Aracaju a publicitária e blogueira Cris Guerra para falar sobre o assunto que dá nome a um de seus livros: Moda intuitiva.

Num bate papo leve, sincero e descontraído, ela conversou comigo sobre como a moda sempre esteve ligada à sua vida e como a importância de um autoconhecimento pode evitar a compra de desejos que não são nossos, inclusive os da vitrine! E foi enfática: “É de inovação que o mercado brasileiro está precisando”.

Confira a entrevista na íntegra!

Deixe-me contar – No prefácio do livro Moda intuitiva, a Mary Arantes [designer de acessórios] diz que “antes de combinar cores e formas, você combina tudo na alma”. Como você consegue desenvolver uma relação com a moda de dentro para fora num universo em que ela é produzida no caminho inverso?
Cris Guerra – Sempre digo que a moda está associada à minha vida desde o dia em que nasci. Do álbum de infância ao look de hoje, as roupas dizem muito do que fui e sou, revelam todas as minhas histórias. E não acho que seja diferente com as outras pessoas. Um dia você acorda se sentindo um mulherão; no outro, uma menina; no seguinte, mais descontraída ou reservada e assim por diante. Quando vestimos uma roupa, vestimos nosso estado de espírito.

moda intuitiva - cris guerra 2

Deixe-me contar – Foi sob essa perspectiva que você escolheu o nome do seu blog?
Cris Guerra – Na verdade, o primeiro nome em que pensei foi Com que roupa?, mas já haviam registrado o domínio… [risos] Então, rapidamente, pensei em Hoje vou assim. A ideia foi despretensiosa, eu queria mostrar que era possível me vestir de várias formas, a cada dia, com peças que já estavam ali, no guarda-roupa. Sem saber, acabei criando o primeiro blog de looks diários do Brasil.

Deixe-me contar – Mas, depois, dele, surgiram tantos que nem o Google dá conta. Você acha que ainda há espaço para quem quer ingressar no mercado dos blogs de moda?
Cris Guerra – Acho que temos muita coisa da mesma e, nesse sentido, estamos saturados. Em todas as profissões, há espaço para quem inova e é de inovação que os blogs de moda estão precisando. Não é porque a blogueira “X” faz isso e tem sucesso que eu também tenho que fazer. Já recusei inúmeras propostas que me trariam ganho financeiro, mas que não condiziam com a minha personalidade. É isso, é preciso ter personalidade.

moda intuitiva - cris guerra 3

Deixe-me contar – Do estado onde você nasceu (MG), saem grandes nomes de blogueiras, designers, estilistas e marcas de roupas, sobretudo as de festa. Seria a moda a mais nova riqueza mineira?
Cris Guerra – Nossa! Eu não sei te dizer isso [risos]. Nós temos, sim, um mercado de moda bem estruturado, principalmente porque contamos com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e com uma divulgação conceituada, que é o Minas Trend. Realmente, temos uma moda festa bem estruturada. Mineira gosta de brilho, do glamour da noite… Mas temos bordados incríveis também. Ah, mas vocês do Nordeste também têm coisas incríveis!

Deixe-me contar – A criação e a concepção da moda estiveram, por muitos anos, atreladas aos estilistas internacionais. Hoje, percebe-se que os estilistas brasileiros estão ganhando certo espaço. Por que tardamos tanto a emplacar se temos um mercado tão consumidor?
Cris Guerra – De forma geral, o brasileiro tende a valorizar o que está em evidência no exterior e isso não é diferente no universo da moda. Temos bons estilistas, mas repetimos tendências, conceitos e isso não impulsiona carreira alguma. Talvez por isso tardamos a emplacar. No entanto, recentemente, tivemos o reconhecimento internacional de nomes brasileiros de muita personalidade, a exemplo de Ronaldo Fraga, Patrícia Bonaldi, Martha Medeiros e Oskar Metsavaht. Estamos engatinhando.

Deixe-me contar – Com tanto look do dia, as pessoas supõem que você gosta muito de shopping…
Cris Guerra – E gosto! Mas não única e exclusivamente para comprar. Eu gosto do shopping pelo que ele traz pra mim. Pelas cores, pela criatividade, pela dimensão que ele me proporciona. Hoje, por conta do meu trabalho, ganho muita coisa, mas sei o que de fato veste a minha alma.

Jéssica Vieira
Jéssica Vieira